quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Campeonato Estadual

aqui a união faz  a força mesmo


Parnamirim Sport Club

2° jogo do Campeonato estadual


FNF

muito bom  os campeonatos estaduais, mais  o campeonato estadual feminino  de  futebol de 2015,
já vi de tudo! primeiro o tempo de jogos das partidas que estão sendo realizadas , tempo de  90 minutos, situação que  contraria por total todas patologias , uma mulher sempre vai ser  diferente de um homem, não tem  como  ser igual.
outra coisa muito complicada é  partidas sendo realizada ás  13:00 horas, totalmente fora de lógica.
como a FNF não tem conhecimento de que  tem equipe jogando irregular,  se todas ás  inscrições são feitas na mesma?
estranho não?
pois é! ta acontecendo de tudo

terça-feira, 13 de outubro de 2015

último Campeonato

Copa do Brasil 2008 só pra lembrar
Copa Brasil de Futebol Feminino 2008
09. Antonio Mario Ielo, Futebol Feminino Add comments
dez
10
2008
A Copa Brasil de Futebol Feminino de 2008, única competição em âmbito nacional organizado pela Confederação Brasileira de Futebol – CBF contou com a participação de 32 equipes. Foram disputados em sistema de mata-mata nos moldes do masculino.
Equipes Participantes:
1. Sport Club Gênus Rondoniense de Porto Velho / RO
2. Assermurb Futebol Clube de Rio Branco / AC
3. Associação Atlética Nilton Lins de Manaus / AM
4. São Raimundo Esporte Clube de Boa Vista / RR
5. Rio Norte Futebol Clube de Macapá / AP
6. Sacramenta Esporte Clube Beneficiente de Belém / PA
7. Atenas Esporte Clube / Escolinha do Flamengo de Palmas / TO
8. Esporte Clube Boa Vontade de São Luis / MA
9. Sociedade Esportiva Tiradentes de Teresina / PI
10. Caucaia Esporte Clube de Caucaia / CE
11. Sport Club Parnamirim de Parnamirim / RN
12. Associação Atlética Portuguesa de João Pessoa / PB
13. Sport Club Recife de Recife / PE
14. Associação Atlética CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió / AL
15. Sociedade Boca Júniors de Futebol Clube de Cristinápolis / SE
16. Associação Desportiva Lusaca de Dias D´Ávila / BA
17. Clube Recreativo Esportivo dos Subtenentes da Policia Militar – CRESSPOM de Brasilia / DF
18. Aliança Futebol Clube de Goiânia / GO
19. Sport Club Tangará de Tangará / MT
20. Associação Atlética das Moreninhas I, II e III de Campo Grande / MS
21. Clube Atlético Mineiro de Belo Horizonte / MG
22. Associação Esportiva Recreativa Iguaçu de Ipatinga / MG
23. Desportiva Capixaba S/A de Cariacica / ES
24. Campo Grande Atlético Clube do Rio de Janeiro / RJ
25. Volta Redonda Futebol Clube de Volta Redonda / RJ
26. Saad Esporte Clube de Aguas de Lindoya / SP
27. Santos Futebol Clube de Santos / SP
28. Sport Club Corinthians Paulista de São Paulo/ SP
29. Novo Mundo Futebol Clube de Curitiba / PR
30. Sociedade Esportiva Kinderman de Caçador / SC
31. Esporte Clube Pelotas de Pelotas / RS
32. Esporte Clube Juventude de Caxias do Sul / RS
1ª FASE
Jogos de Ida
Dia 01 de novembro de 2008
São Raimundo / RR 0 x 4 Nilton Lins / AM
Gênus 4 x 1 Assermurb / AC
Rio Norte 0 x 2 Sacramenta / PA
Atenas / TO 1 x2 Boa Vontade / MA
CESMAC / AL 2 x 0 Lusaca / BA
Boca Jr. / SE 1 x 2 Parnamirim / RN
Portuguesa / PB 0 x 4 Sport / PE
Tiradentes / PI 6 x 4 Caucaia / CE
CRESSPOM / DF 0 x 2 Aliança / GO
Tangará / MT 1 x 5 Moreninhas / MS
Novo Mundo / PR 3 x1 Juventude / RS
Kinderman / SC 5 x 0 Pelotas / RS
Volta Redonda / RJ 0 x3 Saad / SP
Desportiva / ES 0 x 5 Santos / SP
Dia 02 de novembro de 2008 / Jogos de Ida
Iguaçu / MG 1 x 5 Corinthians / SP
Atlético / MG 1 x1 Campo Grande / RJ
Jogos de Volta
Dia 05 de novembro de 2008
Sacramenta / PA 8 x 1 Rio Norte / AP
Boa Vontade / MA 5 x 1 Atenas / TO
Lusaca / BA 2 x 0 CESMAC / AL
Parnamirim / RN 3 x 0 Boca Jr. / SE
Caucaia / CE 0 x 0 Tiradentes / PI
Aliança / GO 3 x 3 CRESSPOM / DF
Juventude / RS 0 x 0 Novo Mundo / PR
Pelotas / RS 0 x 3 Kinderman / SC
Campo Grande / RJ 0 x 4 Atlético / MG
Dia 06 de novembro de 2008
Assermurb / AC 2 x 2 Gênus / RO
2ª FASE
Jogos de Ida
Dia 11 de novembro de 2008
Gênus /RO 1 x 1 Nilton Lins / AM
Boa Vontade / MA 2 x 1 Sacramenta / PA
CESMAC / AL 1 x 1 Parnamirim / RN
Tiradentes / PI 1 x 5 Sport / PE
Moreninhas / MS 3 x 2 Aliança / GO
Kinderman / SC 3 x 0 Novo Mundo / PR
Saad / SP 1 x 0 Corinthians / SP
Atlético / MG 0 x 3 Santos / SP
Jogos de volta
Dia 15 de novembro de 2008
Nilton Lins / AM 4 x 0 Gênus /RO
Sacramenta / PA 1 x 1 Boa Vontade / MA
Novo Mundo / PR 3 x 3 Kinderman / SC
Aliança / GO 3 x 1 Moreninhas / MS
Sport / PE 4 x 2 Tiradentes / PI
Corinthians / SP 2 x 0 Saad / SP
O SC Corinthians Paulista/SP foi penalizado pelo STJD com a eliminação da competição, sendo substituído pelo Saad EC/SP.
Santos / SP 3 x 1 Atlético / MG
3ª FASE
Jogos de Ida
Dia 18 de novembro de 2008
Nilton Lins / AM 2 x 1 Boa Vontade / MA
Parnamirim / RN 1 x 1 Sport / PE
Kinderman / SC 6 x 0 Aliança / GO
Jogos de Volta
Dia 18 de novembro de 2008
Boa Vontade / MA 0 x 0 Nilton Lins / AM
A AA Nilton Lins/AM foi penalizada pelo STJD com a eliminação da competição, sendo substituida pelo EC Boa Vontade/MA.
Sport / PE 3 x 0 Parnamirim / RN
Aliança / GO 0 x 3 Kinderman / SC
Jogos de Ida
Dia 22 de novembro de 2008
Santos / SP 3 x 1 Saad / SP
Jogos de Volta
Dia 30 de novembro de 2008
Saad / SP 1 x 2 Santos / SP
4ª FASE / Semi final
Jogos de Ida
Dia 6 de dezembro de 2008
Boa Vontade / MA 0 x 4 Sport / PE
Dia 7 de dezemvro de 2008
Kinderman / SC 0 x 3 Santos / SP
Jogos de Volta
Dia 10 de dezembro de 2008
Sport / PE 3 x 2 Boa Vontade / MA
Santos / SP 3 x 0 Kinderman / SC
5ª FASE / final
Dia 14 de dezembro de 2008
Sport / PE 1 x 3 Santos / SP
Dia 17 de dezembro de 2008
Santos / SP 3 x 0 Sport / PE
Campeão - Santos Futebol Clube
Vice-campeão – Sport Club de Recife

Parnamirim Sport Club

Parnamirim Sport Club é um clube de futebol da cidade de Parnamirim, no estado do Rio Grande do Norte. O clube foi fundado em 14 de julho de 1985 e suas cores são o azul e o branco.
Seu estádio é o Tenente Luiz Gonzaga, com capacidade para 3.000 torcedores.
Costuma disputar o Campeonato Potiguar de Futebol. Em 2001, foi o 7º colocado.[1]
Presidente: Eleomar Cabral Durte
Vice Presidente: Sergio David Ayrenes Chagas
Responsável pelo futebol Feminino: Júlio César Batista de Sena.
Cores: Azul, Amarelo, Branco
Contato:84981323977/84988631607.
O Sport Club Parnamirim se classificou para a segunda fase da Copa do Brasil de Futebol Feminino ao derrotar o Boca Juniors de Sergipe, por 3 a 0, ontem à tarde, no campo do Cefet/RN. A atacante Cissa marcou duas vezes e a lateral Jouse decretou a vitória, cobrando pênalti nos minutos finais. O time de Parnamirim, único representante do RN na competição, já havia vencido a equipe sergipana em Aracaju, por 2 a 1.

O time da casa começou melhor e, aos 11 minutos, abriu o placar com Cissa, após boa jogada individual, ela arrancou rumo ao gol, deixou duas marcadoras para trás e bateu na saída da goleira. No segundo tempo, o Boca Juniors/SE voltou melhor e pressionou em busca do empate. As visitantes tiveram, inclusive, chance de empatar em cobrança de pênalti, mas a goleira do Sport Club, Karina, fez bela defesa.

Aos 32 minutos da etapa final, Cissa recebeu livre na grande área e chutou firme para marcar seu segundo gol na partida. Nos minutos finais, Jouse cobrou penalidade máxima assinalada pelo árbitro e sacramentou a vitória por 3 a 0. Agora, o Sport Club de Parnamirim espera o vencedor da partida entre o Lusaca da Bahia e CESMAC de Alagoas. No primeiro confronto, a equipe alagoana venceu por 2 a 0.

De acordo com a atacante Cissa, a vitória é fruto da dedicação de todas as atletas e comissão técnica. “Nós enfrentamos muitas dificuldades para vencer o Estadual e para disputar a Copa do Brasil também. Mas vamos lutar para chegar o mais longe possível na competição”,

TREINOS






Parnamirim Sport Club se prepara para o Campeonato estadual de futebol feminino 2015.

domingo, 4 de outubro de 2015

é uma honra jogar um  campeonato estadual pelo nosso minicípio PARNAMIRIM.

Parnamirim Sport Club Futebol Feminino

o parnamirim sport club irá Participar  do campeonato estadual 2015 de futebol feminino
teremos o Primeiro jogo dia 24 Parnamirim x Coríntians ás 13:00 horas
é commuita fé , determinação, garra e uma boa pitada  de talento que vamos para esse primeiro jogo.








estamos

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Campeonato estadual futebol feminino do RN


Campeonato estadual de futebol feminino do RN começa dia 24 no campo JL
equipes para o estadual: Parnamirim Sport Club, Coríntians, Alecrim, União independente, UFRN.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Semifinal

Corintians 3 x 1 Sarney
com esse resultado passamos a semifinal, Gols DE  A manda Leite, Regiane, Alice,  agora estamos na final.
Corintians x União independente.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Futebol Feminino

    O início da prática do futebol feminino no Brasil começou com muitas dificuldades, porém algumas permanecem até os dias atuais. As mulheres sempre tiveram dificuldades em se impor quando o assunto trata de igualdade entre os gêneros, pois historicamente foram vistas como um ser frágil e dependente, com poucas oportunidades para provar o contrário.
    Sabe-se que as condições em que nos deparamos hoje, são frutos de muitos conflitos e mudanças que agregadas resultaram na questão da atual. E é exatamente isso que trataremos a seguir. A conquista de um espaço coloca a mulher em quase todos os esportes em igualdade, apenas respeitando as diferenças que existem entre os gêneros. Porém, por que no futebol é diferente?

O início do futebol feminino
    Apesar da influência significativa que o futebol tem na cultura brasileira, a figura da mulher se apresenta de forma tímida e oprimida, como comprova o Decreto-Lei 3.199 de 1941, vigente até 1975, que para as mulheres proibia a prática de futebol. Quando as mulheres resolveram "brigar" por igualdade e se agregarem ao futebol, este esporte já estava bem firmado pela sociedade machista e se encontrava em uma fase que o profissionalismo já havia sido aceito. Portanto, o futebol era visto como um esporte determinantemente masculino, "futebol é coisa para homem", devido à postura que os atletas deveriam assumir:
...o bom jogador de futebol jamais deve temer o adversário fisicamente, deve exercer seu "direito" de retaliação quando agredido fisicamente; não deve fraquejar diante de uma derrota (...), deve se fazer respeitar - ainda que pela presença física - pelo juiz. A violência é legitimada pela torcida, especialmente quando há iminência de gol, quando os adversários tentam levar a equipe por quem ela torce ao ridículo, pela secessão de dribles ( dando "olés"), quando tentam fazer "passar o tempo" ("cera") e quando há uma falta - ou sucessão de faltas - violenta, o que geraria o direito do atacado revidar (FLORES, 1982, in - BRUHNS, 2000).
    A história do futebol feminino, porém, mostra-se inversa à do masculino. Quando implantado, o futebol masculino pertenceu exclusivamente à elite ( Revista Nossa História, 2006, p. 50), devido os recursos financeiros que eram requisitados para a sua prática, por falta de materiais específicos entre outras causas. Mas com as mulheres ocorreu o oposto: o grupo feminino sempre pertenceu às classes desfavorecidas, como Bruhns coloca
(...) razão pela qual as atletas apresentarem comportamentos bastante parecidos com os de seus colegas homens, recebendo julgamentos como "falta de classe", "mal cheiro", "povo grosseiro" e outras denominações atribuídas àquela camada da população duplamente marginalizada (...) (BRUHNS, 2000).
    Para tanto as relações com os praticantes masculinos eram estabelecidas de forma tensa, pois as meninas apresentavam comportamentos repudiados pela elite, comportamentos marginalizados, como se não bastasse o fato de serem "pobres" eram, antes disso, mulheres. Por isso os atos grosseiros que apresentavam como o de cuspir no chão, dar pontapés, brigar, cheirar mal, etc., era visto como comportamentos de uma camada social que mora na periferia, tanto do ponto de vista social como político. Até mesmo pelas pessoas da mesma classe as atletas eram desqualificadas, vistas como marginais pertencentes a um mundo perigoso. Logo também foram adtivadas de "machorras", "paraíbas", etc. Mas é importante ressaltar que só agiam dessa forma para se sentirem aceitas dentro desse esporte (BRUHNS, 2000).
    Uma outra teoria que também explica esse grupo feminino ao fazermos uma análise comparativa com a obra "Mulher e Trabalho" (PEREIRA, 1971). A relação é feita levando em consideração que trabalhavam apenas as mulheres de classe muito inferior, pois estas precisavam ajudar no sustento da família atuando fora de casa. Para as mulheres da classe média para cima, não necessitavam trabalhar, e quando "trabalhavam", era apenas fazendo os serviços domésticos na própria casa, quando não apenas supervisionavam os serviçais.
    Como o status da mulher dependia muito disso - se ela trabalhava fora ou não - a mesma regra se aplicava à prática do futebol: se praticava, não era "madame"; se não era "madame", era pobre (BRUSCHINI, 2002).
    Um dos primeiros registros da atuação da mulher foi em 1921, entre as senhoritas tremembenses x senhoritas catarinenses. A partida foi anunciada no jornal A Gazeta como atração curiosa das festividades de São João. Pouco tempo depois o futebol feminino chegou a ser exibido em circos, como atrações de curiosidades (SUGIMOTO, 2003).
    Muitos outros fatos confirmaram esse preconceito em relação à mulher jogando futebol. Como o interesse feminino pela prática do esporte começava se intensificar justamente em um momento de transição do período higienista para o eugenista, houve uma grande preocupação em permitir a mulher na prática de atividades físicas. Quanto a preocupação eugenista, até era permitida e recomendada alguns esportes como o vôlei, a natação e o atletismo, entre outros, desde que não houvesse contato físico e apresentassem condições "higiênicas". Também as atividades deveriam favorecer e contribuir a função materna de gerar homens fortes que trouxessem um engrandecimento para a raça brasileira (SUGIMOTO, 2003).
    Voltando um pouco na história pode-se encontrar indícios de que a prática de esporte tinha domínio masculino, como comprova o Decreto-Lei 3.199, de 1941, vigente até 1975, que, em seu artigo 54, estabelece que "às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza". E, em 1965, o Conselho Nacional de Desportos delibera que as entidades desportivas devem seguir a seguinte norma em relação à prática esportiva das mulheres: "Não é permitida a prática de lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, pólo, halterofilismo e beisebol". Hoje, essas normas não têm validade, mas ainda há muito que mudar (BRUHNS, 2000).
    Como se não bastasse, jornais que apoiavam o jogo feminino começaram a ceder às posições dos médicos que condenavam a prática do futebol por mulheres, e, conseqüentemente, as reportagens começaram a aderir à posição dos médicos. O argumento utilizado era que tal esporte prejudicava os órgãos de reprodução, afirmando que era grande a possibilidade de trauma causado por uma bolada ou trombada, mas esquecendo-se que os homens também têm órgãos reprodutores que devem ser protegidos dos impactos.
Carta de um cidadão a Getúlio Vargas
[Venho] Solicitar a clarividente atenção de V. Ex. para que seja conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, Snr. Presidente, ao movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças, atraíndo-as para se transformarem em jogadoras de futebol sem se levar em conta que a mulher não poderá praticar esse esporte violento, sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico das suas funções orgânicas, devido à natureza que dispoz a ser mãe... Ao que dizem os jornais, no Rio, já estão formados, nada menos de dez quadros femininos. Em S. Paulo e Belo Horizonte também já estão constituindo-se outros. E, neste crescendo, dentro de um ano, é provável que, em todo o Brasil, estejam organizados uns 200 clubes femininos de futebol, ou seja: 200 núcleos destroçadores da saúde de 2.200 futuras mães que, além do mais, ficarão presas de uma mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e extravagantes
 (José Fuzeira, carta datada de 25/04/1940 In - SUGIMOTO, Luiz. Eva futebol clube, 2003).
    Esta carta mostra a preocupação de um cidadão, e foi como uma "premonição", pois poucas décadas depois, no início dos anos 80, 200 times aguardavam a liberação e oficialização do esporte no Brasil, pela CND, que teve que garantir que pretendia oficializar, pois já reconhecia que a prática já havia se tornado popular pelas mulheres (BRUHNS, 2000).

O futebol feminino na atualidade
    Hoje ainda não é possível afirmar que as dificuldades daquela época foram vencidas. Isto considerando que a sociedade ainda (mesmo que a idéia esteja começando a mudar) discrimina a mulher que mostra um interesse na prática (BRUHNS, 2000). Pode-se afirmar esse fato através de análises feitas no campo sociológico. Por exemplo, a sociedade em geral age dessa forma: quando uma criança nasce ela é condiciona desde cedo e de acordo com a configuração de seus órgãos sexuais, a agir de tal forma, ter certas preferências. Se for menino ganham carrinhos, armas e bonecos de super-heróis, enquanto meninas ganham bonecas e miniaturas de eletrodomésticos e utensílios (DAOLIO, 1997).
    Isso comprova que a cultura exerce influência tremenda na discussão, visto que existem fatores na atualidade provenientes dessa cultura. Como o fato de meninos terem, em sua maioria, um desempenho motor muito melhor comparando os gêneros no esporte (DAOLIO, 1997). Isso se dá pelo menino sair para brincar na rua, correr, soltar pipa, jogar bola, andar de carrinho de rolimã e etc, desde pequeno para não atrapalhar a mãe em casa. Em contrapartida as meninas devem ficar em casa, a fim de ser preservadas das brincadeiras de menino e ajudar as mães nos trabalhos domésticos, que lhes serão úteis futuramente quando se tornarem esposas e mães, o que deixa um ar de delicadeza em torno da menina. Ar que é quebrado quando ela tenta "invadir" um espaço masculino, de acordo com a maior parte da sociedade (PIORKOWSKY, 2005).
    A mulher no esporte em geral, é lembrada não por seu desempenho ou conquista, mas pela sua beleza e sexualidade frente ao que a mídia retrata, "o jogo bonito de se ver" não está relacionado as jogo em si, nem ao aspecto estético das belas jogadas, mas às pernas das jogadoras, às "sainhas e bermudas", enfim, associado a imagem veiculada e vendida pela indústria cultural, determinando padrão de beleza feminina, que confunde a estética do jogo com a estética do corpo ( BRUHNS, 2000).
    A profissionalização no Brasil é acentuadamente difícil, visto que não há uma entidade forte que organize o futebol feminino e também não há investimento público nem privado (SUGIMOTO, 2003). Nos EUA, o futebol é visto como esporte feminino, enquanto que em 1994 foi o vice-presidente quem entregou a Taça ao capitão da seleção brasileira, Dunga, e em 1996 foi o próprio Bill Clinton quem entregou a Taça pelo mesmo evento, porém feminino. O que não significa que a mulher é bem mais reconhecida lá do que é aqui nos esportes, frente que a mesma não tem vez no futebol americano e no beisebol, dois dos esportes mais difundidos nos EUA (SUGIMOTO, 2003).
    Enquanto não há um reconhecimento por parte da sociedade, algumas mulheres vão se envolvendo com o futebol por caminhos diferentes, sem necessariamente precisar ser atleta:
Campeonato Brasileiro de Futebol. A disputa era entre São Paulo e Guarani. Estádio lotado, jogadores a postos e torcida animada. Eis que entra em campo a equipe de arbitragem. Nesse momento, muitos não acreditavam no que viam. Outros estavam indignados. Alguns ficaram sem reação. O motivo dos diversos sentimentos era a trio de arbitragem, 100% feminino, composto por Sílvia Regina de Oliveira e as assistentes Ana Paula da Silva e Aline Lambert (...) (Revista Mulher e Carreira, agosto de 2004, p. 24).
    Essa fonte comprova que a mulher vem ganhando cada vez mais espaço no futebol, e que mesmo vítimas de muito preconceito, continuam firmes na luta pelo seu próprio reconhecimento no esporte.